quarta-feira, 10 de março de 2010

BLOG DO JAMILDO 10/03/10

OAB critica "despropósito" de Lula ao comparar dissidente cubano a bandidos de SP

POSTADO ÀS 12:11 EM 10 DE Março DE 2010

da Folha Online

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, criticou nesta quarta-feira o "despropósito" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que condenou, na véspera, a greve de fome dos dissidentes cubanos e os comparou a bandidos de São Paulo.

"A comparação é despropositada, pois tenta banalizar um recurso extremo que é, ao mesmo tempo, um símbolo de resistência a um regime autoritário que não admite contestações", afirmou Ophir, em comunicado divulgado pela organização.

"Mais razoável seria se o governo brasileiro se preocupasse com as péssimas condições carcerárias a que [os presos de SP] estão submetidos", completou Ophir, acrescentando que o regime cubano é repudiado pela sociedade brasileira que, historicamente, fez uma opção pela democracia.

O presidente Lula pediu nesta terça-feira, em entrevista à agência de notícias Associated Press, respeito às decisões da Justiça cubana e condenou o uso da greve de fome por dissidentes como instrumento para serem libertados da prisão.

"Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de deter as pessoas em função da legislação de Cuba. A greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade."

A declaração de Lula foi duramente criticada e vem dias depois da visita do presidente à ilha, em 24 de fevereiro, um dia depois da morte do preso político Orlando Zapata Tamayo em consequência de uma greve de fome de 85 dias.

Na época, Lula disse lamentar "profundamente" a morte de Zapata e negou ter recebido uma carta pedindo sua intervenção na libertação de presos políticos cubanos.

Os dissidentes esperavam que Lula aproveitasse a viagem para defender seus interesses nos encontros com o presidente Raúl Castro e o ex-ditador Fidel Castro. Lula preferiu não abordar a polêmica.

Nesta terça-feira, um grupo de dissidentes cubanos disse que a Embaixada do Brasil em Havana não enviou, por falta de assinaturas, a carta que eles tinham escrito e endereçado a Lula pedindo a interferência brasileira, citando a "credibilidade, liderança regional e interlocução privilegiada" do presidente com as autoridades cubanas.

Tirania

Um dos dissentes em greve de fome, o jornalista e psicólogo cubano Guillermo Fariñas, 48, foi duro nas críticas a Lula, a quem chamou de "cúmplice da tirania dos Castro".

No 15º dia de greve de fome, desidratado, Fariñas recebe visita de médicos do Estado e independentes, mas diz que só irá ao hospital quando perder a consciência. Havana diz que ele é responsável por sua sorte e que não aceitará chantagens.

"Com essa declaração o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstra é seu comprometimento com a tirania dos Castro e seu desprezo com os presos políticos e seus familiares. A maioria do povo cubano se sente traída por um presidente que um dia foi um preso político", disse, em entrevista à repórter Flávia Marreiro, da Folha de S. Paulo (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

Fariñas disse ainda que a carta não era necessária para que Lula tomasse uma posição em favor dos dissidentes. "Ele sabia da situação de Zapata pela Embaixada do Brasil. Ele, como ex-preso político, poderia ter cancelado a visita", disse.


Médicos de Olinda fazem primeiro dia de greve

POSTADO ÀS 12:09 EM 10 DE Março DE 2010

Médicos aprovaram em assembleia geral na noite desta terça-feira (9), a manutenção da paralisação das atividades eletivas como ambulatórios, postos do Programa Saúde da Família (PSF) e os serviços da Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda. O movimento será por 72 horas, ou seja, na quarta, quinta e sexta- feira (10, 11 e 12 de março). Os médicos voltaram a reclamar das péssimas condições de trabalho, das equipes de plantão desfalcadas, sobrecarga de trabalho, dos baixos salários e da falta de segurança nos postos de saúde e policlínicas.

Durante a assembleia, a categoria fez uma avaliação do movimento e, principalmente, das negociações que foram mantidas representantes do município na semana passada, classificando como ridícula a proposta verbal de R$ 500,00 de abono oferecida pela Secretaria Municipal de Saúde.

“Infelizmente, foi uma proposta muito aquém de nossas expectativas. Ficamos decepcionados com a Prefeitura de Olinda e continuamos na luta por melhores condições de trabalho e salários dignos”, afirmou o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros. Hoje, o médico diarista ganha cerca de R$ 882,00 de salário-base e incentivo SUS de R$ 110,00.

Nesta quarta-feira (10), os médicos de Olinda fizeram em mobilização e ato público. A concentração começou às 09h, na Maternidade Brites de Albuquerque, bairro da Cidade Tabajara. Nesses três dias, uma média de 600 pessoas deixarão de ser atendidas nos 40 PSF´s da Marim dos Caetés.

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Números

Ipea estima demanda e oferta de mão de obra em Pernambuco depois da crise. Veja logo mais

POSTADO ÀS 12:03 EM 10 DE Março DE 2010

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quarta-feira,em São Paulo, o estudo Emprego e oferta qualificada de mão de obra no Brasil: impactos do crescimento econômico pós-crise.

O anúncio é às 14h. Confira os dados logo mais.


Arruda se recusa a ficar de jejum e adia exames

POSTADO ÀS 11:59 EM 10 DE Março DE 2010

Agência Brasil

O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, se recusou a fazer jejum e, com isso, não poderá realizar nesta quarta-feira, 10, dois dos três exames solicitados por seu médico, o cardiologista Brasil Caiado.

Com a opção por não ficar em jejum, nesta quarta-feira só será possível realizar o eletrocardiograma, e os exames de urina e de sangue foram adiados, inicialmente, para quinta-feira, 11.

Arruda está preso desde o dia 11 de fevereiro na Superintendência da Polícia Federal. Segundo o órgão, no local há todos os equipamentos necessários para os exames. Apenas a análise do material coletado ficará a cargo do laboratório.


Veja logo mais a íntegra do debate entre o juiz Adeildo Nunes e o deputado estadual Pedro Eurico


Acompanhe o debate entre Adeildo Nunes e Pedro Eurico AO VIVO

POSTADO ÀS 10:45 EM 10 DE Março DE 2010

A PARTIR DAS 11H.


Adeildo Nunes e Pedro Eurico se enfrentam na Rádio Jornal

POSTADO ÀS 10:01 EM 10 DE Março DE 2010

Em instantes, o Juiz Adeildo Nunes e o Deputado Estadual Pedro Eurico (PSDB) vão se enfrentar. Mediados por Geraldo Freire, os dois colocarão em pratos limpos o caso da progressão do regime de João Guilherme, assassino do estudante Alcides.

Eurico pediu a correição da decisão de Nunes, alegando ter sido ilegal a decisão tomado pelo magistrado. Adeildo, por sua vez, depois de ter sentença considerada legal pela Corregedoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco, anunciou pedido de cassação do deputado, além de processo por denunciação caluniosa e danos morais.

Leia mais
Juiz que concedeu regime semi-aberto ao assassino de Alcides pede cassação do mandato de Pedro Eurico


Lula diz que greve de fome não pode ser pretexto para libertar presos

POSTADO ÀS 09:42 EM 10 DE Março DE 2010

Do G1, com informações da Associated Press

Em entrevista à agência de notícias Associated Press nesta terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a situação dos presos políticos em Cuba com a de presos comuns do Brasil.

Lula declarou que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos. O presidente pediu ainda respeito às determinações da Justiça cubana com relação à prisão dos dissidentes que se declaram em greve de fome.

"Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de deter pessoas em razão da legislação de Cuba, como quero que respeitem o Brasil", disse Lula, na entrevista à Associated Press, em Brasília.

A última visita de Lula a Cuba, no mês passado, começou um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo, que estava em greve de fome.

A declaração desta terça-feira de Lula coincide com a divulgação, em Havana, de um novo pedido para que ele interceda em favor dos dissidentes e ajude a acabar com a greve de fome de outro cubano, Gilhermo Farinas.

Farinas está em greve de fome desde 24 de fevereiro, na cidade de Santa Clara.

O Palácio do Planalto afirmou que não recebeu a carta dos dissidentes.

Na entrevista à AP, Lula questionou o método usado por presos políticos cubanos que deixam de comer para pressionar pela liberdade.

"Acredito que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem a liberdade", disse.

Lula lembrou que ele mesmo, quando era líder sindical e fazia oposição à ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985, fez greve de fome. O presidente classificou a prática como "uma insanidade".

"Gostaria que (a detenção de presos políticos) não acontecesse. Mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os deteve, como também não quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil", disse.


STF escolhe novo presidente para o período de 2010 a 2012

POSTADO ÀS 09:37 EM 10 DE Março DE 2010


ministro César Peluzzo Foto:Dida Sampaio/AE

Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) escolhe nesta quarta-feira o novo presidente e o vice para o biênio 2010-2012, subsituindo Gilmar Mendes. A sessão está marcada para as 14h.

De acordo com o Regimento Interno do STF, são elegíveis aos cargos de presidente e vice os dois ministros mais antigos do tribunal que ainda não ocuparam a presidência. Nesta eleição, o presidente deve ser o ministro César Peluzzo e o vice, Carlos Ayres Brito.


Vaccari culpa cooperados da Bancoop por obras paradas

POSTADO ÀS 09:27 EM 10 DE Março DE 2010

Apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como responsável pelo desvio de recursos na Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), o novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, diz que houve apenas "desequilíbrio financeiro" e nega que dinheiro da entidade tenha ido para campanhas eleitorais de seu partido. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Vaccari responsabiliza os próprios cooperados por não terem obtido as chaves dos imóveis que adquiriram.

Alegando mais uma vez que as denúncias fazem parte de uma "ação eleitoreira", ele diz que erros orçamentários demandaram o reajuste das "estimativas de custo". "O que existe é uma briga entre sócios", afirma. "Esse promotor quer sacanear comigo porque sou petista, tesoureiro do PT." Vaccari negou desvios para campanhas. "Não tem caixa 2 no PT. Eu nunca tive conhecimento disso", diz.

O petista contesta a informação de rombo de R$ 100 milhões, como estima o promotor de Justiça José Carlos Blat, da 1ª Promotoria Criminal da Capital. "Ele (promotor) em nenhum momento cita que teve acordo com a Bancoop. Um acordo judicial, transitado com o juiz", conta.

De acordo com Vaccari, quando assumiu a presidência da entidade foi feita uma auditoria contábil e de engenharia. "Os engenheiros disseram: ''Tem problema nos preços. É muito baixo. Com esse preço, vocês não constroem''", afirma. "Chamamos os cooperados e dissemos: ''Amigos, com esse dinheiro dá para fazer duas torres, não três. Auditem para verificar.'' Alguns fizeram isso e estão tocando a vida. Outros não concordaram com o resultado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Lula coloca maior parte da agenda a serviço da campanha da ministra

POSTADO ÀS 09:08 EM 10 DE Março DE 2010




Tânia Monteiro e Leonencio Nossa

Na reta final antes da despedida da ministra Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dedica boa parte do seu tempo a ajudar na campanha da sua candidata à sucessão no Planalto. Dos cinco dias úteis desta semana, Lula estará três deles com Dilma a tiracolo pelo País e nos outros dois dias se dedicará às discussões do PAC 2. Lula quer lançar a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento no dia 29, cinco dias antes da data-limite para a saída de Dilma do cargo.

Na tarde de ontem, houve mais uma rodada de reuniões do PAC. Mas o governo evita detalhar os projetos que quer deixar assegurados no Orçamento da União do ano que vem porque quer lançá-lo com uma grande festa, para inflar a candidatura de Dilma. Originalmente, a reunião de ontem seria para tratar de energia, transportes e portos. Mas a agenda de energia foi transferida para amanhã, quando Lula dedicará todo o seu dia a nova reunião de avaliação do programa.

EXPOSIÇÃO

A ideia do presidente e assessores é que Dilma deve aproveitar ? com as viagens e decisões em relação ao PAC ? o espaço no noticiário que a oposição, sem candidato formal, não consegue preencher. O Planalto está convencido de que Dilma deve exibir ao máximo o rosto de candidata e não esperar pelo anúncio oficial da candidatura do governador paulista, o tucano José Serra. Lula orientou a ministra a aumentar, neste mês, a exposição pública em eventos.

Hoje, Dilma estará com Lula em São Paulo, principal reduto tucano, onde inauguram uma usina termelétrica em Cubatão. Depois, sozinha, ela visita a Feicana, feira promovida pelo setor do álcool em Araçatuba. Na sexta-feira, Dilma viajará com Lula para Curitiba, onde visitarão a Refinaria do Paraná, da Petrobrás. Ela ainda poderá esticar sua viagem a Londrina, onde visitaria um call center.

Antes de se afastar do ministério, o que deve ocorrer até o dia 3 de abril, Dilma deve fazer um giro pelo principal reduto eleitoral do presidente. Ela acompanhará Lula numa viagem ao sertão nordestino no próximo dia 23. O roteiro inclui canteiros de obras da ferrovia Transnordestina em Salgueiro, semiárido pernambucano, e Paulistânia, no Piauí. No dia 26, a dupla vai à Bahia, onde deverá anunciar entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida em Salvador e visitar as obras de um gasoduto em Itabuna, no sul do Estado.


Governador fica até fim do prazo, afirma Guerra

POSTADO ÀS 09:00 EM 10 DE Março DE 2010


Christiane Samarco dO Estado de São Paulo

O governador José Serra (PSDB) vai ficar no Palácio dos Bandeirantes até o fim do prazo legal de desincompatibilização, quando os candidatos são obrigados a deixar o governo. Em conversa com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), na madrugada de ontem, Serra afirmou que faz questão de cumprir o mandato até o limite legal, tirando a esperança da cúpula tucana que o pressiona a antecipar o lançamento da candidatura presidencial.

"Ele é candidato a presidente e, até o dia 30, não sai do governo", resumiu Guerra. "Pode sair dia 1º ou 2 de abril, mas antes do dia 30 não sai." Outro tucano da direção nacional lembra que, como 31 de março é data do golpe militar de 1964 e 1º de abril é conhecido como "dia da mentira", Serra tende a oficializar sua participação na corrida sucessória dia 2 de abril, último dia de governo para os candidatos às eleições.

"Tenho muito trabalho para fazer, muita inauguração para ir", teria justificado Serra, segundo relato de Guerra. "Não me custa terminar o mandato; estamos por 15 dias." A decisão contraria conselhos de aliados e apelos de auxiliares próximos, angustiados com a demora ante a campanha antecipada da adversária do PT e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Guerra passou o dia procurando acalmar correligionários, com o discurso de que "Serra está firme e as coisas estão se equacionando". Argumentou que, mesmo sem admitir a candidatura oficialmente, o governador está "cuidando de estruturar a campanha a presidente". Entre os nomes do PSDB que deverão integrar o staff político do tucano, além de Guerra, estão os senadores Álvaro Dias (PR) e Cícero Lucena (PB). Como têm mais quatro anos de mandato pela frente, ambos estarão mais disponíveis para cuidar da campanha presidencial.

Impaciente com o quadro, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) falou da "falta de entusiasmo que reinou" na recepção a Dilma na sessão para celebrar o Dia Internacional da Mulher. "Estava desanimado com a demora do Serra, mas quando vi a Dilma no palanque que o Sarney arrumou para ela no Senado, me animei. Ela é muito ruim."


Ex-ministro Costa Couto é cotado para suceder a Arruda

POSTADO ÀS 08:59 EM 10 DE Março DE 2010

Christiane Samarco dO Estado de São Paulo

Com o governador do Distrito Federal na cadeia, um grupo de sete partidos, apoiados pelo Planalto, corteja um personagem que está situado fora da contaminada política brasiliense para ocupar o Palácio do Buriti. A ideia é acelerar o impeachment de José Roberto Arruda e desencadear na Câmara Legislativa a eleição indireta que escolherá o novo governador. Pelo pacto, deputados distritais teriam suas candidaturas vetadas para facilitar a escolha do ex-ministro e conselheiro do Tribunal de Contas do DF Ronaldo Costa Couto.

Essa é a saída legal e política que está sendo costurada nos bastidores por dirigentes de PSB, PT, PDT, PC do B, PV, PRB e PMDB, com a simpatia de setores do Supremo Tribunal Federal (STF), que também vê "com reservas" a possibilidade de intervenção.

O motor que impulsiona essa negociação é a ameaça permanente de intervenção federal no DF e o nome que está mais forte para assumir comando de Brasília é o de Costa Couto, que já ocupou a cadeira de governador interino em 1985, por um mês. "Para evitarmos a intervenção, teremos de eleger um governador com cara, mãos e coração de interventor", aconselha o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que já governou o DF e tem resistido às pressões para voltar ao Palácio do Buriti.

Costa Couto ocupa uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas desde 1989. Ele foi ministro do Interior nos dois primeiros anos do governo José Sarney, tempos em que cabia ao presidente da República indicar o governador do DF. Também foram cogitados para ocupar a cadeira do governador afastado, que se encontra preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, o ex-ministro do Supremo Sepúlveda Pertence e o ex-deputado Sigmaringa Seixas, que enfrenta resistências a seu nome por ser filiado ao PT.

Dirigentes petistas, socialistas, comunistas e pedetistas já identificaram no presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima (PR), o primeiro da linha sucessória, "vontade e disposição" para se manter na cadeira de governador até o fim do mandato. A Lei Orgânica do DF dá brecha para que o interino que chega ao posto no último ano de governo fique até o fim do mandato.

Mas esses partidos preferem se apegar à Constituição, que prevê eleição indireta, tal como já se manifestaram a Procuradoria-Geral do DF e da própria Câmara Legislativa, ao prestarem informações ao STF. "Nossa posição é pelo impeachment, que deve ser concluído logo, e pela convocação de eleições indiretas", diz o presidente do PSB do DF, Rodrigo Rollemberg.


MP estuda delação premiada a ex-diretores da Bancoop

POSTADO ÀS 08:55 EM 10 DE Março DE 2010


promotor José Carlos Blat. Foto: Ernesto Rodrigues/AE

Agencia Estado

O Ministério Público (MP) estuda oferecer os benefícios da delação premiada a ex-diretores da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para fechar o inquérito sobre suposto esquema de fraudes e desvio de verbas. A estratégia da promotoria criminal é quebrar a resistência de alvos da investigação que já foram chamados a depor, mas insistiram na versão de que não houve irregularidades na gestão da cooperativa.

Fundada em 1996 por um grupo do PT, a Bancoop sofre uma devassa da 1ª Promotoria Criminal da capital paulista. Segundo o promotor José Carlos Blat, que conduz o inquérito, o rombo pode ultrapassar R$ 100 milhões. Ele está convencido de que parte desse dinheiro foi destinada a campanhas eleitorais do PT. Outra fatia teria caído na conta de dirigentes da cooperativa.

Blat requereu a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da Bancoop João Vaccari Neto. O rastreamento alcança dois momentos: o primeiro relativo ao período em que o tesoureiro do PT ocupou o cargo de diretor administrativo financeiro da cooperativa, entre 2003 e 2004, e o segundo ao tempo em que ele exerceu a presidência, de novembro de 2004 até fevereiro de 2010.

O promotor quer acesso a dados de dois ex-diretores, Ana Maria Érnica e Tomás Edson Botelho Fraga. Ele avalia que poderá reforçar o inquérito com depoimentos de ex-integrantes da entidade. Por isso estuda convencer investigados a prestar colaboração.

Os benefícios da delação podem ser concedidos a suspeitos que contam o que sabem, apontando superiores hierárquicos de organizações criminosas. O MP sustenta que a cúpula da Bancoop, nas administrações Vaccari e de seu antecessor, Luiz Eduardo Malheiro - morto em acidente de carro em 2004 -, formou quadrilha para prática de estelionato, apropriação indébita de recursos de cooperados e lavagem de capitais.

Sigilo

Ontem, o criminalista Luiz Flávio Borges D Urso, que representa Vaccari, pediu à Justiça que não decrete o bloqueio de contas da cooperativa. Alegou que se o congelamento de ativos for determinado judicialmente a Bancoop não terá como cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta que firmou com o MP.

"Vaccari não tem nada a esconder, não deve absolutamente nada", diz o advogado. "Foi ele quem pôs ordem na casa, saneou financeiramente a Bancoop. Suas contas estão abertas, não há telhado de vidro, mas a busca deve ser justificada e relativa a um período determinado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Cooperados que tinham de pagar não quiseram, diz Vaccari

POSTADO ÀS 08:32 EM 10 DE Março DE 2010



Por Clarissa Oliveira dO Estado de S.Paulo

Apontado pelo Ministério Público Estadual de São paulo como responsável por um esquema de desvio de recursos na Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), o novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, diz que houve apenas um "desequilíbrio financeiro" e nega que o dinheiro tenha ido para campanhas eleitorais de seu partido. Em entrevista exclusiva ao 'Estado', Vaccari responsabiliza os próprios cooperados por não terem conseguido as chaves dos imóveis adquiridos por meio da cooperativa.

De acordo com ele, os valores apresentados no ato da compra não passavam de "estimativas", que tiveram de ser corrigidas em decorrência de "erros orçamentários". "O que existe é uma briga entre sócios. Uma cooperativa é uma sociedade de pessoas. E alguns sócios não querem cumprir o que eles combinaram."

Como o sr. reage às conclusões do promotor José Carlos Blat, do Ministério Público Estadual?

Vocês continuam insistindo no erro. Não há R$ 100 milhões de rombo.

Então, como o sr. explica os quase três anos de investigação?

Para você ter uma ideia, ele em nenhum momento cita que teve acordo com a Bancoop. Temos um acordo judicial, transitado com o juiz, onde ele exclui a gente. De qualquer forma, há uma diferença entre um gestor financeiro e um diretor financeiro. Lá, o Luizinho (Luiz Malheiro, ex-presidente da Bancoop) optou pelo modelo de gestores. Me colocou como gestor financeiro, mas eu não assinava nada. Eu só cobrava dele que não podia dar problema.

O sr. não assinava os balanços?


Nada, nunca tive que assinar nada. Nem balanço. Só comecei a assinar quando virei presidente, quando Luizinho morreu num acidente. Eu podia renunciar, mas decidimos fazer um mandato tampão. Quando elegemos a direção, houve uma assembleia com mais de 120 cooperados, que não estavam acostumados com isso. Perguntaram qual era nosso plano de trabalho e dissemos que teríamos democracia, transparência e participação. Era nosso slogan. Houve cooperados que foram até lá, gostaram da cooperativa. Fizemos uma auditoria contábil e uma de engenharia. Para quê de engenharia? Para ver se estava tudo bem. Aí os engenheiros disseram: 'Tem problema nos preços. É muito baixo. Com esse preço que vocês puseram, vocês não constroem'. A auditoria contábil mostrou que estava desorganizado. Então, organize. Contratamos a Trevisan e agora outra empresa audita nossos balanços. Estou dizendo isso, mas você não vai escrever uma linha. Porque não é a linha do seu jornal. Você não vai escrever nada disso, vai continuar com essa bobagem de R$ 100 milhões. Aí, nós apuramos prédio a prédio e chamamos os cooperados por escrito, empreendimento a empreendimento. Dissemos a eles: 'os preços estão errados. Não se constrói com esse preço'.

Então, alguém apenas errou na primeira avaliação?


Foi um problema de custo.

Mas de quem foi esse erro?

Dos engenheiros. Muitas vezes não se fez o cálculo correto. Não é que faltava 20% em todos os empreendimentos. Em alguns, faltava R$ 3 mil. Em outros, faltava R$ 50 mil.

O sr. explica esse problema todo com famílias que não conseguiram seus imóveis por um erro orçamentário? São os cooperados que estão falando.


Nós chamamos os cooperados e dissemos a eles: 'Amigos, com esse dinheiro dá para fazer duas torres, não três. Auditem para verificar'. Alguns fizeram isso e estão tocando a vida. Outros fizeram e não concordaram com o resultado. Houve dois que enrolaram a gente. Disseram, vocês vão fazer (a auditoria), depois a gente soma e divide. Conferiram, acharam erros usuais de construção civil, nada desse escândalo que o promotor diz que tem. Só que faltava dinheiro. Então, esse dinheiro não entrou. Aí, o cara pega o termo de adesão - cooperativa não faz contrato - e lá dentro tem todas as regrinhas, inclusive a de que eles têm de pagar eventuais diferenças de preços. Mas eles dizem: 'Ah, você tem que construir por esse preço que você falou'. Mas isso é estimativa de custo.


Os cooperados, segundo o sr., não concordaram em acertar essa estimativa de custo?


Muitos não tentaram pagar. Aí, pegamos as obras prontas, fizemos o cálculo de quanto foi gasto na obra e colocamos a documentação à disposição dos cooperados para que eles auditassem. Está tudo por escrito. Já contamos essa história dez vezes. Seu jornal nunca quis escrever. Esse promotor faz essa apologia o tempo todo. Por que ele não propõe ação na Justiça? Porque não tem provas.

Mas foi o próprio irmão de Luiz Malheiro que denunciou a existência de pagamentos para o PT.

Se ele fez pagamentos ao PT, deve ter sido para alguém. Ele deve ter algum documento. O Hélio Malheiro é um picareta. Eu só o conheci quando o irmão dele morreu. E nós o demitimos por má prestação de serviço. Ele e o Andy (Roberto, ex-segurança da Bancoop), que espelhava notas. Isso tudo nós entregamos ao promotor, inclusive as notas espelhadas pelo Andy. Nós fizemos todo o processo de saneamento. Esse promotor quer sacanear comigo, porque sou petista, sou tesoureiro do PT. É uma ação eleitoreira, a mando do PSDB. Tanto é que não teve nenhum processo e só agora ele pede para quebrar meu sigilo bancário. Só agora. Eu não tenho problema nenhum com meu sigilo bancário.


O sr. não tem preocupação?

Eu vou reagir politicamente e ele que vá fazer gracinhas com as negas dele. Acabou o dinheiro, paramos as obras. Tem um empreendimento na Paulista do qual somos credores, R$ 1,5 milhão que gastamos a mais. Aí gritavam. Então, obra parada. No dia que pagarem, continua. Os cooperados tinham que pagar, alguns deles não quiseram. Outros quiseram. Os que quiseram, concluíram a obra e estão tranquilos. Concluímos algumas obras com recursos de terceiros, com o chamado Empréstimo Solidário. Se esse promotor quisesse saber quem sacou dinheiro, não ficava somando cheques de operação interbancária. Ele está somando isso e dizendo que é rombo. Não é. Por que ele não vai ao Bradesco e pede ao banco que informe quem sacou? O Bradesco tem. Está tudo lá.


Mas há indícios de que o dinheiro foi parar na campanha do PT em 2002. E não é de hoje que há um histórico de caixa 2 no PT.

Não tem caixa 2 no PT. Eu nunca tive conhecimento disso.

Chama-se 'mensalão'.


Não existe isso. Se o Blat tivesse feito uma investigação séria, não estaria dizendo tanta bobagem.

Mas o fato é que parte do dinheiro da Bancoop parece ter desaparecido.


De jeito nenhum. Nós usávamos cheques TB (transferência bancária), você não saca dinheiro - eram usados na época em que ainda tinha a CPMF. Você não saca cheque TB na boca do caixa. Não saca. Agora, se você levar um cheque normal, saca. Mas, se sacar, fica identificado quem sacou. Pergunto: por que eles não vão lá na gerência do banco para ver se a Bancoop sacou R$ 100 milhões em dinheiro lá? Não existe isso.


Como era seu relacionamento com o Luiz Malheiro?

Eu era presidente do Sindicato (dos Bancários). Tínhamos um bom relacionamento. Mas quando fizemos a auditoria de engenharia é que descobrimos que havia um problema. Teve um problema de desequilíbrio financeiro, que nós comunicamos aos cooperados. Está tudo escrito nos nossos balanços.


R$ 1,5 milhão teriam sido pagos na sua gestão à empresa do Freud Godoy.

Freud é prestador de serviços. Ele faz segurança. Nós demitimos o Andy e contratamos o Freud.

Mas o Freud não é suspeito?


Ele não tem nada suspeito, nunca foi condenado a nada. Se os jornais não gostam do Freud porque ele é assessor do Lula é um problema dos jornais. Ele tem uma empresa que presta serviços direitinho.

O sr. trocou telefonemas com Hamilton Lacerda no dia da tentativa de compra do dossiê dos 'aloprados'?

Vá lá na Polícia Federal e pegue meu depoimento. Está lá. Estamos conversando aqui, mas eu não sei o que você fez antes de chegar. E se você matou um cara na esquina? Eu sou cúmplice do seu ato? Não tem nada a ver. Nem foi o Hamilton Lacerda que ligou para mim.

Com quem o sr. falou?

O delegado da Polícia Federal não me perguntou.

Me parece uma pergunta óbvia.


Meu depoimento está lá, é público. Você está vendo como é uma engenharia política? Tentam até trazer os aloprados para a gente. O meu relacionamento com o Aloizio Mercadante (de quem é segundo suplente) é zero. É um eterno conhecido. Não fazia parte da campanha dele, não fazia nada. É uma tentativa de ilações. É serviço do PSDB.

Quem está mandando?


Acho que é o amiguinho deles promotor. Ou o próprio presidente do PSDB, ou o (José) Serra. É coisa do PSDB. Tem alguma coisa que não estou entendendo. Porque estamos dizendo as mesmas coisas há três anos. Não publicam o que a gente diz.

Mas, na sua avaliação, não parece suspeito o relacionamento da Bancoop com a Germany e outras empresas?

O que eu fiz quando era presidente? Tinha um monte de construtoras e os preços eram equivalentes. Tem construtora que processa a gente na Justiça, tem construtora que não pagou direitos dos trabalhadores e veio para nós, um monte, grande, pequena, de São Paulo, fora de São Paulo. Criamos um padrão de engenharia. Nosso desejo era até padronizar os prédios. Então, encerramos contratos. Estamos regularizando devagar. Não é fácil.

Se os problemas são tantos, por que manter a Bancoop funcionando? Afinal, ela parece criar mais problema do que solução.

De jeito nenhum. Aqueles que querem fazer as coisas da maneira certa estão fazendo. Tem que fazer direitinho. Aí, é uma boa medida de redução de custos para a construção de imóveis. Se nós falamos que é R$ 20 mil, a construtora diz que é R$ 50 mil. Nós não lançamos nenhum empreendimento nesses cinco anos. Estamos resolvendo. Alguns estavam feitos, outros estavam feitos pela metade. Se fizer certo, dá certo. Agora, a determinação do nosso sindicato é continuar fazendo produção para bancários, porque há bancários que querem comprar.

Quando o PT escolheu seu nome para a tesouraria, todos já sabiam que isso viria à tona. Alguns foram contra e outros até disseram que foi um pagamento por serviços prestados.

Não recebi. Não recebi pagamento.


Como foi a escolha do seu nome?

Foi um debate político, como ocorre com todo mundo. Teve gente contra, gente a favor. Tivemos de construir uma maioria. Sou bancário e a cooperativa é dos bancários. A prerrogativa de resolver esse problema foi da cooperativa, quisemos colocar tudo em ordem. Agora, o que existe é uma briga entre sócios. Uma cooperativa é uma sociedade de pessoas. E alguns sócios não querem cumprir o que eles combinaram. 'Ah, está tudo errado'. Então, audita. Nós pagamos auditoria para alguns empreendimentos. E não acharam os erros do Blat.


Mas o Blat não é o único. Outros organismos investigam a Bancoop.


E o que acharam? A maioria das perícias demonstraram a nossa visão ou tiveram diferenças pequenas.

Como o sr. responde à alegação de que a Bancoop foi criada com um propósito específico, de arrecadar e desviar dinheiro?


Quem faz essa acusação tem que, primeiro, provar, colocar nos autos, para nos garantir direito de defesa. A forma como as coisas têm sido feitas por alguns órgãos de imprensa e pelo promotor Blat é não permitir nosso direito de defesa.


O PSDB já prepara uma CPI na Assembleia Legislativa. Tucanos dizem que convidaram o sr. a prestar esclarecimentos e o sr. não compareceu. Agora, querem convocá-lo.


Tudo depende de como vou ser convocado. Da primeira vez, eles queriam fazer na Assembleia Legislativa um linchamento público, não queriam explicações. Nunca quiseram ouvir explicações, até porque todas as explicações nós demos. Isso tudo é uma guerra política. Por que o Blat não pediu antes a quebra do meu sigilo? Por que só pede agora, na véspera da eleição? O Ministério Público civil perguntou, pediu documentos, esclarecemos, fizemos um acordo com eles e o juiz homologou. Por que a diferença, se a Bancoop é a mesma, o Ministério é o mesmo?


O que vocês estão fazendo para solucionar os problemas dos cooperados?


Eles têm que pagar. Se eles não pagam, não tem. Há um contrato assinado conosco, onde o preço é estimado. E eles querem transformar em Código de Defesa do Consumidor, onde o preço é fechado. Mas não foi isso o que eles assinaram. Agora, querem que entreguem sem pagar.

Quando o irmão do então presidente da Bancoop diz que o dinheiro ia para o PT, como fica?


Ele (Hélio Malheiro) tem que provar. O irmão dele (Luiz Malheiro) morreu. Não adianta eu apenas falar que você vende cocaína. Vou ter que provar o que eu digo.

Como o sr. enxerga o movimento do PT de manter o sr. e esse caso longe da Dilma?


Eu nunca fui próximo da Dilma. Sou militante do PT, só isso. Não frequento a Casa Civil, nem nada disso. Eu a cumprimentei uma ou duas vezes. É nossa candidata, respeito.

O sr. faz parte do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Por que o sr. está lá?


Lá existem seis conselheiros, não sou só eu.

Mas quem o indicou e por quê?

Quem de direito.

Mas o que justifica sua presença nesse conselho?

Por que a perseguição comigo, só porque eu sou do PT? Só por que sou o único trabalhador, que veio dos sindicatos? Tem que indicar mais trabalhadores para os conselhos de administração. Sou representante dos sindicatos. Quando fui indicado, eu era secretário de Relações Internacionais da CUT. Qual é a característica de Itaipu? É binacional.


De uma forma ou de outra, o PT tem um histórico de irregularidade na administração de recursos e o modelo aplicado na Bancoop traz à memória o caso do mensalão.


De jeito nenhum. Pegou-se o dinheiro, usou-se na construção dos imóveis.

Nunca houve saque em dinheiro na boca do caixa, cheque circulando?

Essa informação, basta o promotor pedir ao Bradesco, que com certeza tem tudo disponível. Agora, que temos despesas operacionais, temos. O seu jornal também tem.

Como o sr. recebe o fato de alguns o compararem ao Delúbio Soares?

Pergunte a quem comparou. O que eu espero é que se conte a verdade sobre a Bancoop. O que houve foi desequilíbrio financeiro, crescimento muito acelerado. Cresceu sem o devido planejamento. Nós desativamos o que deveria ser desativado e devolvemos o dinheiro aos cooperados. Desativamos alguns conjuntos antes de colocar o primeiro tijolo. Quando o promotor faz essa agitação eleitoral, para nós se cria um grande desgaste, paralisa tudo. Mas é bom registrar que não sou mais presidente da Bancoop. Sou ex-presidente.


Quanto o sr. ganhava como presidente da Bancoop?


Está tudo registrado nos balanços, aprovado nas nossas assembleias.


Como foi o processo todo de negociação com os cooperados?

Fizemos reuniões técnicas com os cooperados, alguns empreendimentos já tinham gastado mais do que estava arrecadado, outros não tinham gastado tudo. Avisamos: 'Há um problema, os orçamentos foram feitos de forma errada. Houve desequilíbrio financeiro na elaboração do orçamento'. Colocamos os documentos à disposição deles, para que auditassem. E mais, contratem a auditoria da confiança de vocês e nós pagamos - metade, metade. A sua metade, colocamos como custo de obra. A nossa, descontamos da taxa de administração. E façam todas as verificações. O que foi encontrado é que de fato havia coisas erradas no orçamento. Oferecemos ao Ministério Público que auditasse todas as nossas obras. Foram escolhidas três obras. Chegamos a discutir o nome da empresa que faria a auditagem. Aí, o Ministério Público mandou arquivar o processo.


Mas não foi um empreendimento apenas que apresentou problema. Esse modelo problemático parece ter sido repetido prédio após prédio.

Mas alguns deram certo.

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